«- David? - Sim? - Viste? - Vi. - O que pensas? - Nada. - Deixa-te de rodeios. Fala abertamente. - Vi, sim. Sempre ouvi falar de histórias de feitiçaria, mas nada do que ouvi se compara com isto. Parece uma montagem de cinema, contos de fadas, coisas do maravilhoso e do fantástico. Diz-me que estive a sonhar, Lourenço, vá, diz-me, isto não pode ser real!» [...] A perplexidade de David vai-se tornando nossa, à medida que mergulhamos no mundo fantástico que Paulina Chiziane nos oferece. Um mundo de feitiços e tabus, de magia negra e fantasia, de sonhos e de pesadelos, de luz e de trevas. Um mundo de contrastes e contradições, em que as forças do bem e do mal travam uma luta contínua e titânica. Um mundo de destruição e corrupção, mas também um mundo a que os valores da tradição e a sabedoria de séculos emprestam uma inegável beleza. Um mundo inquietante, assustador, misterioso, em que a atracção pelo abismo é incontrolável e a realidade do dia-a-dia, tal como supomos conhecê-lo, é permanentemente questionada. Será que David esteve mesmo a sonhar?»
«- David? - Sim? - Viste? - Vi. - O que pensas? - Nada. - Deixa-te de rodeios. Fala abertamente. - Vi, sim. Sempre ouvi falar de histórias de feitiçaria, mas nada do que ouvi se compara com isto. Parece uma montagem de cinema, contos de fadas, coisas do maravilhoso e do fantástico. Diz-me que estive a sonhar, Lourenço, vá, diz-me, isto não pode ser real!» [...] A perplexidade de David vai-se tornando nossa, à medida que mergulhamos no mundo fantástico que Paulina Chiziane nos oferece. Um mundo de feitiços e tabus, de magia negra e fantasia, de sonhos e de pesadelos, de luz e de trevas. Um mundo de contrastes e contradições, em que as forças do bem e do mal travam uma luta contínua e titânica. Um mundo de destruição e corrupção, mas também um mundo a que os valores da tradição e a sabedoria de séculos emprestam uma inegável beleza. Um mundo inquietante, assustador, misterioso, em que a atracção pelo abismo é incontrolável e a realidade do dia-a-dia, tal como supomos conhecê-lo, é permanentemente questionada. Será que David esteve mesmo a sonhar?»