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ABC Do Bê Ó

ABC Do Bê Ó

Jacques Arlindo dos Santos
0/5 ( ratings)
Aferindo-se "o direito de falar de Luanda e até mesmo de fazer um retrato dela", o nosso "matuense de Calulo-Libolo, de sua graça Jacques Arlindo dos Santos , apresenta-nos uma imagem diferente do Bê Ó, esse "mundo à parte" que, para muitos de nós, foi e ainda é sinónimo de zona do "munhungu". É que, ainda que sejam Hortência e Interesse, duas mulheres da vida, as verdadeiras heroínas deste "romance" do Bairro Operário, e a pitada de sal que, à medida certa, tempera as letras com que JAS cose esta longa escritura, com este ABC fica, de uma vez por todas, enterrada a má fama que sempre esteve aliada ao Bê Ó. Porque é a partir deste livro que se fica a saber que o Bairro Operário foi o berço de uma plêiade nacionalista que muito contribuiu para a emancipação de Angola e, neste nosso agora, toma assento nas cadeiras da governação. Nele viveu e cresceu o primeiro presidente da Angola independente, António Agostinho Neto, havendo, como o autor refere, uma "relação nítida e taxativa entre o Bê Ó e a luta de libertação nacional". Aceite o convite que JAS nos formula, entramos sem bilhete - pois o autor nos considera a nós, leitores da sua obra, personagens de eleição da mesma - na máquina do tempo onde ele nos apresenta rostos magníficos, vestes de espanto e dramáticas outras, aromas de um tempo que já não volta mais... Não é só história do Bairro Operário que o autor aqui regista. Nas entrelinhas, lê-se avidamente a história da grande urbe capitalina, erigida por nativos e colonos, dos quais se destaca a figura emblemática do comerciante, vulgo fubeiro... Este livro é amenizado por inúmeras cenas hilariantes, outras quantas dramáticas, que ilustram o seu lado criativo, ou seja, lhe conferem o tom literário, que o fará, certa e seguramente, figurar entre as mais belas obras da nossa literatura. Cultiva um género que já fez escola com o percursor Óscar Ribas e teve exímios correlegionários pela pena de Wanhenga Xitu, mas ao qual já JAS empresta o seu estilo pessoal, ao qual já nos habituou, um estilo mais fluído, a buscar na linguagem oral popular dos nossos dias a necessária recriação que só o génio é capaz de revelar... E a visita guiada, para a qual JAS nos convidou, termina como começou, com Zuza, mulato bêbedo de calulo, jogador de futebol como poucos, o primeiro homem do Bê Ó que o autor conheceu! Mas não acaba mesmo. Porque a história do Bê Ó está sempre a refazer-se e ninguém, nem mesmo autores devotados como JAS, pode algum dia acabar de contá-la. Em nós se cumpre à letra, depois desta "incursão" aos segredos mais recônditos do Bê Ó, a lei irrevogável de que "quando se conhece o Bairro Operário passa-se a ser, nem que seja por um só momento, do Bairro Operário". José Luís Mendonça
Language
Portuguese
Pages
328
Format
Paperback
Release
January 01, 2012
ISBN 13
9789898498151

ABC Do Bê Ó

Jacques Arlindo dos Santos
0/5 ( ratings)
Aferindo-se "o direito de falar de Luanda e até mesmo de fazer um retrato dela", o nosso "matuense de Calulo-Libolo, de sua graça Jacques Arlindo dos Santos , apresenta-nos uma imagem diferente do Bê Ó, esse "mundo à parte" que, para muitos de nós, foi e ainda é sinónimo de zona do "munhungu". É que, ainda que sejam Hortência e Interesse, duas mulheres da vida, as verdadeiras heroínas deste "romance" do Bairro Operário, e a pitada de sal que, à medida certa, tempera as letras com que JAS cose esta longa escritura, com este ABC fica, de uma vez por todas, enterrada a má fama que sempre esteve aliada ao Bê Ó. Porque é a partir deste livro que se fica a saber que o Bairro Operário foi o berço de uma plêiade nacionalista que muito contribuiu para a emancipação de Angola e, neste nosso agora, toma assento nas cadeiras da governação. Nele viveu e cresceu o primeiro presidente da Angola independente, António Agostinho Neto, havendo, como o autor refere, uma "relação nítida e taxativa entre o Bê Ó e a luta de libertação nacional". Aceite o convite que JAS nos formula, entramos sem bilhete - pois o autor nos considera a nós, leitores da sua obra, personagens de eleição da mesma - na máquina do tempo onde ele nos apresenta rostos magníficos, vestes de espanto e dramáticas outras, aromas de um tempo que já não volta mais... Não é só história do Bairro Operário que o autor aqui regista. Nas entrelinhas, lê-se avidamente a história da grande urbe capitalina, erigida por nativos e colonos, dos quais se destaca a figura emblemática do comerciante, vulgo fubeiro... Este livro é amenizado por inúmeras cenas hilariantes, outras quantas dramáticas, que ilustram o seu lado criativo, ou seja, lhe conferem o tom literário, que o fará, certa e seguramente, figurar entre as mais belas obras da nossa literatura. Cultiva um género que já fez escola com o percursor Óscar Ribas e teve exímios correlegionários pela pena de Wanhenga Xitu, mas ao qual já JAS empresta o seu estilo pessoal, ao qual já nos habituou, um estilo mais fluído, a buscar na linguagem oral popular dos nossos dias a necessária recriação que só o génio é capaz de revelar... E a visita guiada, para a qual JAS nos convidou, termina como começou, com Zuza, mulato bêbedo de calulo, jogador de futebol como poucos, o primeiro homem do Bê Ó que o autor conheceu! Mas não acaba mesmo. Porque a história do Bê Ó está sempre a refazer-se e ninguém, nem mesmo autores devotados como JAS, pode algum dia acabar de contá-la. Em nós se cumpre à letra, depois desta "incursão" aos segredos mais recônditos do Bê Ó, a lei irrevogável de que "quando se conhece o Bairro Operário passa-se a ser, nem que seja por um só momento, do Bairro Operário". José Luís Mendonça
Language
Portuguese
Pages
328
Format
Paperback
Release
January 01, 2012
ISBN 13
9789898498151

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