“O vosso nome?”, pergunta aquele que vai morrer. “Ouvi-lo só assusta”, responde aquele que vai matar. Pela primeira vez no seu trajecto de encenador, Nuno Carinhas enfrenta uma obra de William Shakespeare, e começa por esse nome que atrai todos os superlativos: Macbeth, a mais veloz, a mais enigmática, a mais maligna ou até a mais moral das tragédias daquele que ousou inventar o humano. “Tão feio e belo dia nunca vi”, dirá o herói assim que entrar em cena, oferecendo-nos uma descrição da chamada “peça escocesa”, território habitado por ritos maléficos, prenúncios, noites sangrentas, insónias, fantasmas – e pela pergunta: o que significa ser homem, agir como um homem? Com um elenco de actores que conhecemos das mais marcantes produções do TNSJ, Macbeth traz de volta João Reis para agora interpretar o mais sinistro dos protagonistas shakespearianos, cuja imaginação, todavia, não pode deixar de nos fascinar e a cuja desoladora sorte é-nos impossível ser indiferentes. “Quanta vez a voz da escuridão nos diz verdades, bagatelas honestas para atrair-nos ao mais fundo dos fins?”
“O vosso nome?”, pergunta aquele que vai morrer. “Ouvi-lo só assusta”, responde aquele que vai matar. Pela primeira vez no seu trajecto de encenador, Nuno Carinhas enfrenta uma obra de William Shakespeare, e começa por esse nome que atrai todos os superlativos: Macbeth, a mais veloz, a mais enigmática, a mais maligna ou até a mais moral das tragédias daquele que ousou inventar o humano. “Tão feio e belo dia nunca vi”, dirá o herói assim que entrar em cena, oferecendo-nos uma descrição da chamada “peça escocesa”, território habitado por ritos maléficos, prenúncios, noites sangrentas, insónias, fantasmas – e pela pergunta: o que significa ser homem, agir como um homem? Com um elenco de actores que conhecemos das mais marcantes produções do TNSJ, Macbeth traz de volta João Reis para agora interpretar o mais sinistro dos protagonistas shakespearianos, cuja imaginação, todavia, não pode deixar de nos fascinar e a cuja desoladora sorte é-nos impossível ser indiferentes. “Quanta vez a voz da escuridão nos diz verdades, bagatelas honestas para atrair-nos ao mais fundo dos fins?”