O século XVIII não deve ser visto como uma antecâmara do moderno crescimento económico, o que no caso português tem, ainda para mais, pouco sentido. Porém, não se pode igualmente deixar de considerar estudos recentes que destacam a existência de grupos de países que no início do processo de industrialização já tinham disparidades importantes entre os seus níveis de rendimento. Sendo assim, a compreensão da evolução económica ao longo do século XVIII – nomeadamente do sector agrário, responsável pela criação de mais riqueza e que empregava mais mão-de-obra – é indispensável para entender o momento, as condições e os motivos para a criação de tais distâncias no nível de desenvolvimento dos países europeus. Desta forma se recuperam como agenda de investigação histórica as preocupações com o «progresso e a decadência» dos diferentes estados europeus, tema candente do discurso político e doutrinário da segunda metade do século XVIII. Pelo leque de temas que cobre, pelas conclusões e hipóteses interpretativas que lança, este primeiro volume da história Económica de Portugal torna possível considerar o período setecentista numa nova perspectiva .
Language
Portuguese
Pages
425
Format
Hardcover
Publisher
Imprensa das Ciências Sociais
Release
March 01, 2005
História Económica de Portugal (1700-2000) - Volume I - O século XVIII
O século XVIII não deve ser visto como uma antecâmara do moderno crescimento económico, o que no caso português tem, ainda para mais, pouco sentido. Porém, não se pode igualmente deixar de considerar estudos recentes que destacam a existência de grupos de países que no início do processo de industrialização já tinham disparidades importantes entre os seus níveis de rendimento. Sendo assim, a compreensão da evolução económica ao longo do século XVIII – nomeadamente do sector agrário, responsável pela criação de mais riqueza e que empregava mais mão-de-obra – é indispensável para entender o momento, as condições e os motivos para a criação de tais distâncias no nível de desenvolvimento dos países europeus. Desta forma se recuperam como agenda de investigação histórica as preocupações com o «progresso e a decadência» dos diferentes estados europeus, tema candente do discurso político e doutrinário da segunda metade do século XVIII. Pelo leque de temas que cobre, pelas conclusões e hipóteses interpretativas que lança, este primeiro volume da história Económica de Portugal torna possível considerar o período setecentista numa nova perspectiva .