A emergência do corpo processa-se no quadro de uma profunda crise de civilização e, à primeira vista, poderia entender-se como um reflexo da crise do próprio Estado, porventura enfraquecido na sua missão de utilizar o corpo como instrumento privilegiado no controlo e regularização das condutas humanas. Ora, a questão que se pode formular é a seguinte: o fenômeno traduz uma verdadeira libertação do corpo ou, pelo contrário, representará uma forma sutil utilizada pela sociedade para continuar a exercer a repressão?
A emergência do corpo processa-se no quadro de uma profunda crise de civilização e, à primeira vista, poderia entender-se como um reflexo da crise do próprio Estado, porventura enfraquecido na sua missão de utilizar o corpo como instrumento privilegiado no controlo e regularização das condutas humanas. Ora, a questão que se pode formular é a seguinte: o fenômeno traduz uma verdadeira libertação do corpo ou, pelo contrário, representará uma forma sutil utilizada pela sociedade para continuar a exercer a repressão?