As artes do cinema e a da poesia dificilmente podem ser dissociadas. Filmes que se inspiraram em poemas, poemas que serviram de texto a filmes, poetas que partiram de ideias de cinema, ou cineastas que ancoraram na palavra poética a sua fórmula mais profunda — são apenas alguns dos sentidos desta relação interdisciplinar. Entre a potência visual, a rítmica e a formal, as duas artes não escapam a frequentes comparações criativas. “Num bom filme, a câmara tem de ser o olho na cabeça de um poeta”, disse Orson Welles. E na palavra de poetas, em que pode consistir a singularidade de um filme?
As artes do cinema e a da poesia dificilmente podem ser dissociadas. Filmes que se inspiraram em poemas, poemas que serviram de texto a filmes, poetas que partiram de ideias de cinema, ou cineastas que ancoraram na palavra poética a sua fórmula mais profunda — são apenas alguns dos sentidos desta relação interdisciplinar. Entre a potência visual, a rítmica e a formal, as duas artes não escapam a frequentes comparações criativas. “Num bom filme, a câmara tem de ser o olho na cabeça de um poeta”, disse Orson Welles. E na palavra de poetas, em que pode consistir a singularidade de um filme?