O desenvolvimento cíclico ou temático reveste-se de um valor especial, quando o autor considera, num texto seu de natureza ensaística, que “as palavras repetem, não se repetem”. É o que acontece no Ciclo do Cavalo, com a palavra “cavalo”, por vezes prolongada por outras que têm uma referência significativa comum: “garupa”, “cascos”, “galope”, etc. Ela desencadeia ao longo de todos os poemas uma dispersão de sentido ou uma errância de natureza simbólica fundamentais, cujo limite poderá ser o próprio espaço da escrita poética: “porque há um chão de terra no poema / e um cavalo que pasta a solidão
real”.
Fernando Guimarães
O desenvolvimento cíclico ou temático reveste-se de um valor especial, quando o autor considera, num texto seu de natureza ensaística, que “as palavras repetem, não se repetem”. É o que acontece no Ciclo do Cavalo, com a palavra “cavalo”, por vezes prolongada por outras que têm uma referência significativa comum: “garupa”, “cascos”, “galope”, etc. Ela desencadeia ao longo de todos os poemas uma dispersão de sentido ou uma errância de natureza simbólica fundamentais, cujo limite poderá ser o próprio espaço da escrita poética: “porque há um chão de terra no poema / e um cavalo que pasta a solidão
real”.
Fernando Guimarães