ESTE SILÊNCIO
QUE SE OUVE E QUE
SE ESCREVE
Entre as vozes que voam sobre a mesa há um silêncio que pensa.
Dentro da cabeça do artista, a ideia desenha-se, sobrevoa a mesa e mostra-se.
É música, tem de ser música, só pode ser a música o próximo desígnio, porque ela já está entranhada no nosso movimento.
À noite, quando as pessoas se vão embora, quando na intimidade do escuro se acendem diálogos entre as telas, a madeira e a pedra, a música ecoa no silêncio e embala as obras.
As obras adormecem ao som da viola campaniça.
A viola campaniça é a mãe que canta e sossega os seus filhos.
Os filhos de José, o construtor de almas alentejanas que se tocam com os dedos.
E que difícil é tocar a alma com os dedos, dedilhar a memória, fazer vibrar a identidade.
Por fim, a música toca os artistas, convoca-os e eles expõem-se.
Os escritores pedem a palavra.
Os escritores têm a palavra.
Vitor Encarnação
ESTE SILÊNCIO
QUE SE OUVE E QUE
SE ESCREVE
Entre as vozes que voam sobre a mesa há um silêncio que pensa.
Dentro da cabeça do artista, a ideia desenha-se, sobrevoa a mesa e mostra-se.
É música, tem de ser música, só pode ser a música o próximo desígnio, porque ela já está entranhada no nosso movimento.
À noite, quando as pessoas se vão embora, quando na intimidade do escuro se acendem diálogos entre as telas, a madeira e a pedra, a música ecoa no silêncio e embala as obras.
As obras adormecem ao som da viola campaniça.
A viola campaniça é a mãe que canta e sossega os seus filhos.
Os filhos de José, o construtor de almas alentejanas que se tocam com os dedos.
E que difícil é tocar a alma com os dedos, dedilhar a memória, fazer vibrar a identidade.
Por fim, a música toca os artistas, convoca-os e eles expõem-se.
Os escritores pedem a palavra.
Os escritores têm a palavra.
Vitor Encarnação