Um "lugar para cada um e cada um no seu lugar" era uma das normas preferidas de António Carneiro Pacheco, ministro da Educação Nacional de Salazar. Esta frase podia ter sido proferida pelo próprio Salazar ou por um dos principais mentores do seu regime: indica elitismo, uma vontade de manter compartimentações sociais estanques - sem mobilidade profissional, social e política - e revela uma noção determinista segundo a qual cada um nasceria com a missão de desempenhar determinada função. A frase também se aplicava evidentemente às mulheres, às quais o Estado Novo atribuiu um lugar e um lugar e um papel específicos - diferentes consoante a classe a que pertencia - no seio da família e da sociedade.
Language
Portuguese
Pages
455
Format
Paperback
Release
March 01, 2011
ISBN 13
9789896441432
A cada um o seu lugar : a política feminina do Estado Novo
Um "lugar para cada um e cada um no seu lugar" era uma das normas preferidas de António Carneiro Pacheco, ministro da Educação Nacional de Salazar. Esta frase podia ter sido proferida pelo próprio Salazar ou por um dos principais mentores do seu regime: indica elitismo, uma vontade de manter compartimentações sociais estanques - sem mobilidade profissional, social e política - e revela uma noção determinista segundo a qual cada um nasceria com a missão de desempenhar determinada função. A frase também se aplicava evidentemente às mulheres, às quais o Estado Novo atribuiu um lugar e um lugar e um papel específicos - diferentes consoante a classe a que pertencia - no seio da família e da sociedade.