Um país de brandos costumes? Não responda sem antes conhecer esta história dos confrontos entre a população portuguesa e forças militares e policiais do Estado.
A ideia de que a população portuguesa sempre viveu pacatamente, aceitando sem contestar as contrariedades económicas e políticas , é falsa. As suas relações com o Estado traduziram-se em frequentes conflitos, que os governos tentaram controlar com recurso a diferentes tácticas e instrumentos.
Este livro é ao mesmo tempo uma história dos movimentos sociais em Portugal e uma história das intervenções da polícia e do exército nesses conflitos, desde a vitória liberal de 1834 até à consolidação da democracia, em finais do século xx. E tem em conta duas dimensões: primeiro, a capacidade de o Estado se afirmar no território e construir uma administração respeitada, que conhece a população e o território, que cobra impostos e que assegura a vigência da lei e o respeito pelas sentenças judiciais; segundo, os dilemas políticos implícitos no uso da força para manter a ordem, sobretudo quando a coerção se abate sobre cidadãos que defendem os seus direitos.
Language
Portuguese
Pages
456
Format
Paperback
Publisher
Edições Tinta-da-China
Release
June 01, 2011
ISBN 13
9789896710866
Portugal à coronhada : protesto popular e ordem pública nos séculos XIX e XX
Um país de brandos costumes? Não responda sem antes conhecer esta história dos confrontos entre a população portuguesa e forças militares e policiais do Estado.
A ideia de que a população portuguesa sempre viveu pacatamente, aceitando sem contestar as contrariedades económicas e políticas , é falsa. As suas relações com o Estado traduziram-se em frequentes conflitos, que os governos tentaram controlar com recurso a diferentes tácticas e instrumentos.
Este livro é ao mesmo tempo uma história dos movimentos sociais em Portugal e uma história das intervenções da polícia e do exército nesses conflitos, desde a vitória liberal de 1834 até à consolidação da democracia, em finais do século xx. E tem em conta duas dimensões: primeiro, a capacidade de o Estado se afirmar no território e construir uma administração respeitada, que conhece a população e o território, que cobra impostos e que assegura a vigência da lei e o respeito pelas sentenças judiciais; segundo, os dilemas políticos implícitos no uso da força para manter a ordem, sobretudo quando a coerção se abate sobre cidadãos que defendem os seus direitos.