Anto : A mamã estava doente, muito doente. Padecia de um incómodo, que diziam ser gravíssimo, moléstia secreta, de senhoras, nunca me explicaram o quê. Como era bonita, nessa tarde, com o vestido de musselina, na Quinta do Seixo. Andava pelos corredores, que os criados alumiavam, parecia um braseiro a casa toda. Visitara-a José, pouca antes, chegado do Brasil, que viria a ser o seu marido. Como era bonita, bonita. Descia ao mirante, prendia os cabelos, que o vento de Setembro, mesmo assim, descompunha na nuca, acenava um adeus a seu noivo. Mamã, que farei do tempo que me fica sem ti?
Anto : A mamã estava doente, muito doente. Padecia de um incómodo, que diziam ser gravíssimo, moléstia secreta, de senhoras, nunca me explicaram o quê. Como era bonita, nessa tarde, com o vestido de musselina, na Quinta do Seixo. Andava pelos corredores, que os criados alumiavam, parecia um braseiro a casa toda. Visitara-a José, pouca antes, chegado do Brasil, que viria a ser o seu marido. Como era bonita, bonita. Descia ao mirante, prendia os cabelos, que o vento de Setembro, mesmo assim, descompunha na nuca, acenava um adeus a seu noivo. Mamã, que farei do tempo que me fica sem ti?