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Maria Isabel de Mendonça Soares

3.9/5 ( ratings)
«Maria Isabel de Mendonça Soares  
[Lisboa, 1922 - Lisboa, 2017]  

«Maria Isabel de Mendonça Soares nasceu em Lisboa em 1922. É licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de uma breve passagem pelo Ensino Secundário dedicou-se, durante quarenta anos, à formação de Educadores de Infância, leccionando as disciplinas de Literatura para a Infância e Cultura Portuguesa. Fundou e orientou as Bibliotecas Infantis «A Descoberta», da Associação de Pedagogia Infantil. Integrou o grupo de trabalho que elaborou o programa dos Encontros de Literatura para Crianças, promovidos pela Fundação Calouste Gulbenkian de 1980 a 1994.

Começou a escrever para crianças em 1945. As suas primeiras histórias tornaram-se conhecidas através dos programas infantis da Emissora Nacional, rádio em que colaborou até 1974. De 1945 para cá nunca mais deixou de escrever, averbando dezenas de títulos publicados, alguns com várias edições. A sua obra de ficção, toda dirigida ao público infantil, integra o álbum Viva a laranja , os contos Os marujinhos que perderam o Norte , a poesia, a novela, o teatro, de que se destaca Algodão e Algodinho, e ainda a tradução. Entre as várias obras traduzidas pela autora salienta-se a colecção «Pedrito Coelho», de Beatrix Potter, que foi merecedora de Recomendação por um júri nomeado pela Secção Portuguesa do International Board on Books for Young People, em 1993. Escreveu também biografias como A vida fascinante de Luísa Todi , obras de cariz documental, antologias e textos de cariz religioso, de que se salienta Maria Cheia de Graça . Algumas das suas peças de teatro foram representadas na TV e em salas de espectáculos. Colaborou em publicações periódicas infantis, algumas delas ligadas à Mocidade Portuguesa, como Lusitas, Fagulha, Girassol, Camarada, Pisca-Pisca e Farol, entre outras. Ainda hoje dá o seu contributo ao nível do ensaio em revistas de cariz pedagógico, sendo também uma profunda conhecedora da literatura para a infância e uma das personalidades que mais intervieram em prol do livro para crianças e da sua relevância estética, educativa e social.

A obra desta Autora é essencialmente de carácter pedagógico. Atenta aos problemas do seu tempo e às crianças, directas destinatárias da sua obra, num estilo leve e carregado de humor, não renuncia ao seu lugar de adulto junto da criança. Esta última ocupa o principal lugar na sua obra, mas é sempre guiada pela figura do adulto, que ensina, sugere, que faz pensar. Os jogos de associação de palavras, de rima e de ritmo tornam a sua escrita facilmente apreendida e apreciada pelas crianças.

A transmissão das diferentes formas de Cultura Popular é outra constante da obra da autora. Fá-lo através de narrativas como Dias de festa , que integram episódios sobre as principais festas tradicionais portuguesas, e ainda pela inclusão de adivinhas, provérbios ou ditos populares, na generalidade das histórias.»
http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugu...

Maria Isabel de Mendonça Soares

3.9/5 ( ratings)
«Maria Isabel de Mendonça Soares  
[Lisboa, 1922 - Lisboa, 2017]  

«Maria Isabel de Mendonça Soares nasceu em Lisboa em 1922. É licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de uma breve passagem pelo Ensino Secundário dedicou-se, durante quarenta anos, à formação de Educadores de Infância, leccionando as disciplinas de Literatura para a Infância e Cultura Portuguesa. Fundou e orientou as Bibliotecas Infantis «A Descoberta», da Associação de Pedagogia Infantil. Integrou o grupo de trabalho que elaborou o programa dos Encontros de Literatura para Crianças, promovidos pela Fundação Calouste Gulbenkian de 1980 a 1994.

Começou a escrever para crianças em 1945. As suas primeiras histórias tornaram-se conhecidas através dos programas infantis da Emissora Nacional, rádio em que colaborou até 1974. De 1945 para cá nunca mais deixou de escrever, averbando dezenas de títulos publicados, alguns com várias edições. A sua obra de ficção, toda dirigida ao público infantil, integra o álbum Viva a laranja , os contos Os marujinhos que perderam o Norte , a poesia, a novela, o teatro, de que se destaca Algodão e Algodinho, e ainda a tradução. Entre as várias obras traduzidas pela autora salienta-se a colecção «Pedrito Coelho», de Beatrix Potter, que foi merecedora de Recomendação por um júri nomeado pela Secção Portuguesa do International Board on Books for Young People, em 1993. Escreveu também biografias como A vida fascinante de Luísa Todi , obras de cariz documental, antologias e textos de cariz religioso, de que se salienta Maria Cheia de Graça . Algumas das suas peças de teatro foram representadas na TV e em salas de espectáculos. Colaborou em publicações periódicas infantis, algumas delas ligadas à Mocidade Portuguesa, como Lusitas, Fagulha, Girassol, Camarada, Pisca-Pisca e Farol, entre outras. Ainda hoje dá o seu contributo ao nível do ensaio em revistas de cariz pedagógico, sendo também uma profunda conhecedora da literatura para a infância e uma das personalidades que mais intervieram em prol do livro para crianças e da sua relevância estética, educativa e social.

A obra desta Autora é essencialmente de carácter pedagógico. Atenta aos problemas do seu tempo e às crianças, directas destinatárias da sua obra, num estilo leve e carregado de humor, não renuncia ao seu lugar de adulto junto da criança. Esta última ocupa o principal lugar na sua obra, mas é sempre guiada pela figura do adulto, que ensina, sugere, que faz pensar. Os jogos de associação de palavras, de rima e de ritmo tornam a sua escrita facilmente apreendida e apreciada pelas crianças.

A transmissão das diferentes formas de Cultura Popular é outra constante da obra da autora. Fá-lo através de narrativas como Dias de festa , que integram episódios sobre as principais festas tradicionais portuguesas, e ainda pela inclusão de adivinhas, provérbios ou ditos populares, na generalidade das histórias.»
http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugu...

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